Ex-governador do Rio e sua mulher são acusados por crime de lavagem de dinheiro com compra de joias
Fábio Grellet | O Estado de S.Paulo
RIO - O juiz federal Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, aceitou nesta segunda-feira, 19, mais uma denúncia contra o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Agora, ele é réu em 11 processos.
Essa denúncia havia sido apresentada na sexta-feira, 16, pelo Ministério Público Federal (MPF), que acusa Cabral e sua mulher, a advogada Adriana Ancelmo, por lavagem de dinheiro com compra de joias. Já existem outros dois processos que investigam procedimentos semelhantes.
A nova denúncia trata de cinco compras feitas na joalheria H.Stern, entre 2009 e 2014, no valor total de R$ 4.527.590. Somadas as três investigações, Cabral e Adriana teriam gasto mais de R$ 11 milhões provenientes de propinas para comprar 189 joias e pedras preciosas. Segundo o MPF, trata-se de uma forma de tentar legalizar dinheiro de origem ilegal. Só 40 peças foram localizadas - o paradeiro das demais é desconhecido pelo Ministério Público Federal. “Para o MPF o crime é continuado, porque ainda está sendo cometido”, diz o procurador da República Sérgio Pinel, um dos nove autores da denúncia, encaminhada à 7.ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. A denúncia mais recente foi feita com base em documentos e testemunhos dados por quatro pessoas ligadas à joalheria: o presidente da empresa, Roberto Stern, o vice-presidente, Ronaldo Stern, o diretor financeiro Oscar Luiz Goldemberg, e a diretora comercial, Maria Luiza Trotta. Eles também eram acusados de lavagem de dinheiro pelo MPF e negociaram acordos de delação premiada. Embora não existam documentos capazes de comprovar que as joias foram compradas por Cabral e Adriana, o MPF colheu vários documentos que indicam que o casal foi responsável pelas aquisições. “Essas joias não estão em nome do casal exatamente porque se trata de lavagem de dinheiro. Nesse tipo de crime ninguém emite documento”, afirma Pinel. Além de Cabral e Adriana, foram denunciados pelo MPF Carlos Bezerra e Carlos Miranda, dois ex-assessores de Cabral apontados como responsáveis pelo pagamento das joias à H.Stern. Tanto o ex-governador e a mulher quanto os dois ex-assessores são acusados de lavagem de dinheiro. Cada um pode ser condenado a até 16 anos de prisão - a pena prevista é de 3 a 10 anos, aumentada de até dois terços se o crime for praticado por organização criminosa, o que é o caso, segundo o MPF. Em outro processo, referente a desvios de verbas do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobrás, Adriana foi absolvida pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13.ª Vara Federal de Curitiba, dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, sob a alegação de não haver “prova suficiente de autoria ou participação” da mulher do ex-governador do Rio de Janeiro nesses crimes. No mesmo processo, Cabral foi condenado a 14 anos e 2 meses de prisão. Até a noite desta segunda-feira, 19, a reportagem não havia conseguido ouvir os advogados dos acusados sobre esse novo processo.
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Procurador diz que vai investigar movimentação de R$ 1,2 milhão de ex-primeira-dama no Itaú; ela diz que foi usado para pagar honorários advocatícios
Roberta Pennafort | O Estado de S.Paulo
RIO - Ré por corrupção e lavagem de dinheiro do esquema de corrupção do marido, o ex-governador Sérgio Cabral do Rio (PMDB), a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, que está em prisão domiciliar, pode ser mandada de volta à cadeia por ter movimentado indevidamente sua conta bancária quando estava presa no complexo de presídios de Bangu. Por determinação judicial, a conta deveria estar bloqueada. O Ministério Público Federal está analisando as circunstâncias da transação para definir se cabe novo pedido de prisão preventiva, apurou o Estado.
Nesta quarta-feira, 10, em depoimento ao juiz da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, ela disse que enquanto estava encarcerada teve R$ 1,2 milhão creditado na sua conta, valor oriundo de um investimento em previdência privada em benefício de um de seus filhos. O dinheiro foi usado, segundo a ex-primeira-dama, para pagamentos de honorários advocatícios dos profissionais que a defendem, além de dívidas com funcionários e outras despesas. Como ela estava no presídio Bangu 8, os pagamentos foram feitos por sua secretária.
O Ministério Público Federal recebeu a notícia da movimentação nesta quarta-feira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), e o procurador Rodrigo Timoteo questionou Adriana. Ela disse que todo o valor já foi gasto, não estando mais em sua conta no presente momento. “A movimentação causa estranheza. Os investimentos deveriam estar bloqueados, para o ressarcimento dos cofres públicos (do dinheiro de corrupção desviado). Ela podia dispor só da participação dos lucros do escritório de advocacia (do qual é sócia). O Ministério Público vai solicitar e o Itaú (banco de Adriana) vai ter que esclarecer”, afirmou, após o depoimento, o procurador Rodrigo Timoteo. Uma dúvida é se o dinheiro em questão estava no nome dela. Adriana foi presa em dezembro e liberada para ir para casa em março. Está em prisão domiciliar em seu apartamento, no Leblon, onde moram seus dois filhos, de 10 e 14 anos. Cabral está preso há seis meses no complexo de presídios de Bangu. 'Nem um centavo' No depoimento desta quarta-feira, ela negou que tenha cometido os crimes dos quais é acusada, e disse que acredita na idoneidade do marido. “De forma alguma participei. Nunca tive ciência. A mim nunca foi entregue nem um centavo”, afirmou. Adriana rechaçou também que seu escritório de advocacia tenha lavado dinheiro ilícito e afirmou que nunca teve contas pagas por emissários de Cabral. Disse ainda que jamais comprou joias de valores como R$ 1,8 milhão e R$ 600 mil, como constam nos autos do processo. “Tenho a mesma conta bancária desde os meus 18 anos, é a única em toda a minha vida. Fico absolutamente tranquila independentemente de quem venha a se sentar aqui”, afirmou. “Nenhum empresário, nenhum delator, nenhum operador poderá mencionar qualquer tratativa de recebimento de valores ilícitos por meu escritório ou por mim. Eu nunca, jamais participei e contribuí com qualquer atividade ilícita supostamente realizada e que estão nesses processos”, declarou Adriana, que disse esperar voltar a exercer a profissão de advogada. Sobre Cabral, afirmou crer que “todo e qualquer recebimento dele tenha sido de produto de trabalho lícito”. Ela desmentiu sua ex-secretária Michele Pinto, segundo a qual Adriana recebia remessas semanais de R$ 200 mil e R$ 300 mil em seu escritório. Quem entregava era o emissário Luiz Carlos Bezerra, que integra o esquema de Cabral, segundo as investigações. “Atribuo qualquer afirmação dela, que eu recebia R$ 200 mil e R$ 300 mil, a represália, por eu ter aberto informações da vida pessoal dela. São alegações fictícias”, acusou Adriana, que disse que Bezerra era um office boy de Cabral. Anel de R$ 800 mil Sobre as joias que teriam sido compradas para a lavagem do dinheiro da corrupção, ela disse que se trataram de presentes. “As joias que foram apreendidas na minha residência eram as que eu detinha. Eu recebi algumas joias do Sergio, em datas festivas, de aniversário. Não era em todos os anos nem em todas as datas, como Dia das Mães”, disse Adriana, casada com Cabral há 15 anos. Sobre o anel que recebeu do empreiteiro Fernando Cavendish, estimado em R$ 800 mil, de presente de aniversário, declarou: “Eu recebi um presente de um amigo, sem que eu soubesse dos valores.” Ela contou também que o serviço advocatício prestado por seu escritório para a empresa EBX, do empresário Eike Batista, no ano de 2012, foi realizado normalmente. O mesmo disse em referência à empresa Rica Alimentos, de Luiz Alexandre Igayara, réu por lavagem de dinheiro - o que havia sido negado mais cedo em depoimento por Igayara. Delator, ele declarou que Cabral lhe pediu para “esquentar” R$ 2,5 milhões via contrato fantasma com a firma. “Houve dois trabalhos realizados, um em 2012 e outro em 2014, ambos referentes a passivos trabalhistas da empresa. Realizei no mínimo três reuniões no meu escritório com Igayara. Eu prestei os serviços. Não consigo sequer imaginar por que razão ele venha aqui dizer que isso foi fictício”, ela disse. Investigação Segundo a Procuradoria da República no Rio, Adriana se beneficiou do sistema de arrecadação de propina de empreiteiras, que movimentaria cerca de R$ 1 milhão por mês. Lavou dinheiro por meio de contratos fantasmas firmados por seu escritório de advocacia e pela compra de joias, feitas nas joalherias mais caras do Rio. Só na H. Stern, foram mais de 40 peças, no total de R$ 6 milhões, adquiridas entre 2012 e 2015 e pagas, muitas vezes, em espécie. O número de viagens que ela e o marido fizeram no período em que ele foi governador também chamou a atenção dos investigadores. Foram 67 vezes entre 2006 e 2016 (os dois mandatos de Cabral foram de 2007 a 2014). O hábito de comprar roupas de grife de alto luxo também: a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, apontou gasto de R$ 57 milem seis vestidos de festa feitos sob medida em 2014. Ela e Cabral são réus também por corrupção e lavagem de dinheiro em outra ação, na 13.ª Vara Federal Criminal da cidade, sobre suposta propina de R$ 2,7 milhões que teriam irrigado o esquema de Cabral a partir de um desvio num contrato de terraplanagem das obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) com as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. Outros colaboradores de Cabral também são réus nessa ação. Na semana passada, a advogada disse, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, que não tinha conhecimento do total dos gastos da família – que, segundo Moro, seriam superiores a R$ 100 mil (o salário de governador é de cerca de R$ 20 mil). Segundo Adriana, era o marido que cuidava da parte financeira da casa e o casal não tratava desse assunto. Diretora comercial da H. Stern disse que peça mais cara vendida a Adriana foi brinco de R$ 1,8 milhão e que Cabral chegou a ser atendido no Palácio Guanabara, quando ainda era governador
Mariana Sallowicz e Roberta Pennafort | O Estado de S.Paulo
RIO - A diretora comercial da H.Stern, Maria Luiza Trotta, vendeu pessoalmente para o ex-governador do Rio Sérgio Cabral Filho (PMDB) e sua mulher Adriana Ancelmo, presos pela Operação Calicute, 20 joias que somaram R$ 6 milhões entre 2012 e 2015. O casal, no entanto, comprou outros 20 itens da loja, num total de 40 peças. O valor total não foi informado.
A executiva teve a delação premiada homologada na manhã desta sexta, 17, pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Ela foi ouvida em audiência no período da tarde, apesar do protesto dos advogados da defesa do casal. Inicialmente, ela seria testemunha.
A peça mais cara vendida a Adriana foi um brinco de brilhantes solitários de R$ 1,8 milhão. O conjunto foi comprado como uma troca de outra peça de R$ 1,2 milhão, com a complementação dos R$ 600 mil. A diretora citou ainda a compra de um anel de rubi de R$ 600 mil e um brinco de R$ 25 mil. A diretora disse ainda que Cabral chegou a ser atendido uma vez no Palácio Guanabara, quando ainda era governador. Os agendamentos eram feitos pelo assessor Pedro Ramos. Em outras oportunidades, Maria Luiza foi ao apartamento do casal, ao escritório de Adriana Ancelmo ou em um escritório de Cabral, no Leblon. A ex-primeira-dama também frequentava a loja de Ipanema, na zona sul do Rio. Maria Luiza afirmou que Adriana pagava em cheque ou dinheiro. Os cheques eram trocados antes de serem descontadas pelo pagamento em espécie. O parcelamento ocorria em até dez vezes. A ex-primeira dama comprava algumas peças com nota fiscal, enquanto Cabral não, disse. “Para ele, não foram emitidas notas, ele deixava claro que gostaria de deixar sem identificação, queria uma coisa mais ‘discreta’”, afirmou. Maria Luiza, que trabalha desde 82 na joalheria, vendeu nove itens para Cabral e 11 para Adriana. Apenas quatro peças compradas pela primeira-dama tiveram nota emitida. A executiva declarou que as joias eram entregues com certificados aos dois clientes e, depois da Operação Calicute ser deflagrada, a H.Stern gerou segundas vias delas. “Foram tiradas do sistema agora”, disse. Ela afirmou que, apesar de não terem sido emitidas as notas à época, há documentos de todas as vendas, que seriam registros em computador. Segundo a diretora, Cabral pediu que o pagamento de uma joia fosse feito no exterior, na Alemanha. “Ele pediu para pagar uma compra no exterior, mas eu disse que não sabia se seria possível. Perguntei na matriz e tive a resposta (positiva). Voltei na casa dele com o número da conta para fazer o pagamento, foi feito na Alemanha”, disse. Maria Luiza vendeu apenas joias femininas a Cabral. Ele disse acreditar que eram para Adriana, porque eram compradas em datas comemorativas e, posteriormente, viu ex-primeira dama do Estado usando-as. A H. Stern foi procurada pelo Estado, mas avisou que não vai ser pronunciar. A defesa de Cabral pediu que o MPF faça uma investigação do débito fiscal da joalheria. Defesa. A defesa da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo criticou o fato de a diretora comercial da joalheria H.Stern, Maria Luiza Trotta, ter sido ouvida nesta sexta-feira como delatora num dos processos que investigam a corrupção no governo do Estado do Rio sob a gestão Sergio Cabral (PMDB). Maria Luiza deporia ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, na condição de testemunha de acusação, mas assinou um acordo de colaboração, formalizado ontem à noite, e, depois, homologado por Bretas. “Nós vamos até as últimas instâncias contra isso. Uma pessoa que era testemunha vem na condição de delatora. Isso fere o Código de Processo Penal e a Constituição. A defesa rebate as acusações feitas. Testemunha é imparcial, delator acusa. No depoimento que ela prestou à Polícia Federal, ela não falou nada disso. Aqui, chegou com vários números”, disse o advogado Alexandre Lopes à GloboNews. Adriana, casada com o ex-governador Sergio Cabral, réu em seis processos da Lava Jato, por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, pertencimento a organização criminosa e evasão de divisas, é acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio. Alexandre Lopes reafirmou que a ex-primeira-dama nega ter cometido os crimes. Sobre as informações declaradas por Maria Luiza Trotta, o advogado disse que a diretora “titubeou” e “se equivocou”, e que sua cliente só comprou joias mediante recebimento de nota fiscal. “Quem garante que as joias foram mesmo vendidas a eles?” Em sua decisão, magistrado considera fato de o casal ter dois filhos, um de 11 e outro de 14 anos
Mariana Sallowicz e Roberta Pennafort | O Estado de S.Paulo
RIO - O juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, decidiu converter a prisão preventiva em domiciliar da ex-primeira dama do Rio, Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB). Os dois estão presos no Complexo de Gericinó (Bangu), zona oeste do Rio. Adriana foi presa em dezembro, já Cabral em novembro.
O magistrado estabeleceu que Adriana não deverá ter acesso a internet nem telefone. Em sua decisão, considerou o fato de o casal ter dois filhos, um de 11 e outro de 14 anos.
Bretas negou a prisão domiciliar a Cabral. "A situação é completamente diferente. Quero reafirmar que a substituição não é por entender que não estão provadas as acusações é por questão personalíssima", afirmou. Adriana, casada com o ex-governador Sergio Cabral, réu em seis processos da Lava Jato, por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro, pertencimento a organização criminosa e evasão de divisas, é acusada de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa pela força-tarefa da Lava-Jato no Rio. Em delação premiada, a diretora comercial da H.Stern, Maria Luiza Trotta, afirmou que vendeu pessoalmente para Sérgio Cabral e sua mulher 20 joias que somaram R$ 6 milhões entre 2012 e 2015. O casal comprou outros 20 itens da loja, num total de 40 peças, mas o valor total não foi informado. A delação premiada foi homologada na manhã desta sexta-feira pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio. Alexandre Lopes, advogado da ex-primeira dama do Rio, afirmou que sua cliente nega ter cometido os crimes. Sobre as informações declaradas por Maria Luiza Trotta, o advogado disse que a diretora “titubeou” e “se equivocou”, e que sua cliente só comprou joias mediante recebimento de nota fiscal. “Quem garante que as joias foram mesmo vendidas a eles?” O advogado negou, também, a possibilidade de a ex-primeira dama fazer um acordo de delação. “Há uma obsessão de parte da imprensa com delação premiada. O processo penal não se resume a delação e ela não tem a menor intenção de fazer uma delação contra quem quer que seja”, rechaçou. As compras não tinham nota fiscal e ocorriam com "desconto especial", informou em depoimento a funcionária da loja
Mariana Sallowicz | O Estado de S.Paulo
RIO - Uma gerente da loja da joalheria Antonio Bernardo no shopping da Gávea, na zona sul do Rio, afirmou em depoimento hoje que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, sua mulher Adriana Ancelmo e Carlos Miranda, ex-assessor parlamentar do peemedebista, costumavam comprar joias com cheques parcelados em até dez vezes, que eram trocados por dinheiro antes de serem descontados. Os três estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó (Bangu), zona oeste do Rio.
As compras, sem nota fiscal, ocorriam com "desconto especial", afirmou Vera Lucia Guerra ao juízo da 7ª Vara Federal Criminal do Rio. O depoimento ocorreu no âmbito da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio que prendeu no ano passado Cabral, Adriana e Miranda, entre outros investigados.
De acordo com a gerente, as aquisições ocorriam principalmente em datas comemorativas, como Dia das Mães, aniversário de casamento, Natal e Dia dos Namorados. Vera afirmou ainda que as peças eram compradas para uso pessoal, conforme os clientes relataram a ela. O motorista de Cabral, Pedro Ramos de Miranda, era uma das pessoas que ia à joalheria para pegar o cheque e entregar dinheiro. Miranda também teria feito isso para o ex-governador, assim como para ele mesmo. A Operação Calicute identificou intensos contatos de Miranda com joalherias por quebra dos sigilos telemático e dos registros telefônicos do ex-assessor, apontado como operador de propinas de Cabral. Foi indicado que o homem de confiança do ex-governador "manteve intenso contato com funcionárias de famosas joalherias no Rio de Janeiro", que são a Antonio Bernardo, H.Stern e Sara Joias. O ex-governador do Rio Sérgio Cabral e outros 12 investigados são acusados de se associarem para cometer corrupção e lavagem de dinheiro usando obras do governo do Estado que receberam recursos federais a partir de 2007. |
AutorLuiz Maia Histórico
Julho 2017
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